A Oxfam na Alemanha calculou quanto tempo tem de trabalhar cada parte da cadeia de produção do Lidl para ganhar 4.500 euros. Para um trabalhador numa plantação no Equador, chamemos-lhe Miguel, demora um ano. Para um empregado da cadeia de supermercados Lidl (na Alemanha) demora menos de 8 semanas. Sven Seidel, o presidente da direção do Lidl, ganha este montante em 5,5 horas e Dieter Schwarz, fundador e dono do grupo Lidl, em apenas 68 segundos.

Devido à estrutura do grupo Lidl, extremamente complexa, o seu lucro atual só pode ser estimado por aproximação. A Oxfam na Alemanha estima que o seu lucro se tenha cifrado, no ano fiscal de 2014 – 2015, em cerca de 3,5 mil milhões de euros.

Não só os trabalhadores nas plantações, mas também, por exemplo, os operadores de caixa nos supermercados europeus muitas vezes não recebem um salário digno pelo seu trabalho. No outro lado da cadeia de abastecimento, no entanto, entre as empresas de frutas e retalhistas, há prosperidade mais do que suficiente. Nós pensamos que é muito importante falar sobre a desigualdade que é cada vez mais profunda no mundo de hoje. De acordo com o Credit Suisse, 10% das pessoas mais ricas do planeta possuem 89% da riqueza mundial. O nosso registo é apenas uma ilustração de um problema muito complexo ao qual devemos dar mais atenção.

As bananas são a fruta mais vendida no mundo. Não precisam de publicidade, todos compramos. O mais barato possível.

Trópicos. Doçura. Um petisco saudável e pronto a comer, que não precisas de embalar.
Toneladas de agro-químicos tóxicos, uma paisagem morta, salários miseráveis, trabalho nocivo para a saúde.
A história das bananas tem também um lado negro. Vamos descobri-lo juntos!

As bananas precisam de pessoas para crescer, colher e embalar. Como é a vida numa plantação?

A monocultura e os pesticidas tóxicos ameaçam o meio ambiente.

Depois do algodão, as bananas são a segunda colheita no mundo que recebe mais químicos.

O que provocam os pesticidas?

As substâncias tóxicas utilizadas nas plantações são extremamente perigosas para a saúde humana.

Mas pode-se poupar dinheiro em equipamentos de proteção para os funcionários, pelo que as empresas o fazem.

As bananas são frequentemente promovidas e vendidas a baixo custo. No entanto, há sempre alguém que paga o preço.

Os supermercados sabem que os consumidores geralmente estão informados sobre o preço de um quilo de bananas e por isso vendem-as muito baratas. Os preços baixos atraem clientes ansiosos pelo produto em venda.

Bananas, enviadas de todo e para todo o mundo, são em média cerca de um quarto mais baratas do que as maçãs, uma fruta local na Europa!

Custos de produção e de vida em rápida ascensão

Tanto pessoas como o ambiente sofrem com a pressão para reduzir custos

Preços nas lojas estagnados, demasiado baixos

Banány v akci

Quem recebe quanto do preço de retalho de uma banana?

Arraste cada parte da cadeia de abastecimento da banana para os números - identifique que parte do preço de retalho corresponde a cada ator. Depois iremos revelar a verdade!

Trabalhador
Dono da plantação
Supermercado
Exportador
Importador
Alfândega
Armazém de maturação
Kolik komu připadne z prodejní ceny banánu?
Kolik komu připadne z prodejní ceny banánu?
  • 41%
  • 7%
  • 18,8%
  • 4,3%
  • 10,6%
  • 13,1%
  • 5,2%

Uma pequena percentagem extra para os trabalhadores e a vida nas plantações seria muito mais fácil.

Quem tem mais poder na indústria da banana?

Em muitos países, a maioria do mercado de alimentos é dominado pelas cadeias de retalho. Elas detêm uma posição muito forte e poderosa.

De facto, os supermercados agem como "guardiões", vigiando os nossos carrinhos de compras. São eles que decidem que fornecedores têm a oportunidade de vender aos clientes os seus produtos. Um papel tão importante pode ser explorado e os supermercados exploram-no.

Frequentemente, obrigam os seus fornecedores a condições de negociação danosas, passando para os fornecedores os riscos do negócio e forçando-os a vender a preços extremamente baixos.

Kdo má v banánovém světě největší moc?

A pressão para baixar os preços transmite-se ao longo da cadeia de fornecimento, até ao seu início. Os pequenos produtores e trabalhadores, os elos mais fracos da cadeia, com menos poder de negociação, são os que mais sofrem.

Antes, o setor das bananas era dominado totalmente por meia dúzia de empresas produtoras. Nos últimos anos, contudo, estes estão a ser substituídos por atores mais importantes – os supermercados. Estes compram cada vez mais diretamente nos países produtores.

Em Portugal, estima-se que os supermercados comercializam cerca de 90% das bananas que consumimos. À medida que a percentagem do mercado de mantimentos fica concentrado num número reduzido de retalhistas, os fornecedores não têm uma grande margem de manobra, a não ser aceitarem condições desvantajosas.

As histórias nas plantações podem ser diferentes

Há lugares onde o negócio de banana funciona de forma diferente do que se viu em capítulos anteriores.
Sistemas de certificação, sindicatos independentes e Autoridades Locais são as personagens principais no lado mais positivo da história da banana.

Esclareça as dúvidas!

  • Uma das garantias mais respeitáveis da origem ética dos produtos é a certificação Fairtrade (Comércio Justo). Os produtos certificados são assinalados com uma etiqueta azul e verde, facilmente reconhecível. A grande vantagem da Fairtrade é oferecer um preço mínimo fixo pelos produtos e o pagamento de um bónus social.

     

  • As bananas são um produto chave na certificação Fairtrade. São um dos produtos com mais sucesso, juntamente com o café e o cacau. Tanto as plantações como as cooperativas - organizações que agregam pequenos produtores – são certificadas. Uma percentagem significativa de bananas do comércio justo também ostentam orgulhosamente certificados com a referência orgânica. Atenção, os dois não são sinónimos! Os critérios Fairtrade são menos exaustivos em relação à proteção do ambiente do que os critérios orgânicos.
  • Conseguir o menor consumo possível de agroquímicos é um objetivo dos critérios da Fairtrade: por exemplo, os camponeses semeiam pequenas plantas na plantação de bananeiras, que ajudam a controlar as ervas e melhoram a fertilidade do solo. Graças a estes ajudantes, diminui a necessidade do uso de herbicidas. Os tipos mais perigosos de pesticidas são proibidos na certificação do Comércio Justo.
  • Banir o trabalho infantil e o trabalho forçado (escravatura) e promover uma gestão democrática e a igualdade fazem também parte dos princípios básicos do Comércio Justo. Proteger os direitos das minorias e dar mais espaço às mulheres para que estas afirmem as suas competências é outra faceta importante do Comércio Justo. Na foto, a contabilista da cooperativa de Comércio Justo Coobana, Colette Corenald, sorri.
  • As cooperativas de produtores e as plantações recebem, em adição, 1 dólar por cada caixa de bananas. Este é o bónus social, que podem investir na produção ou no desenvolvimento da sua comunidade –já que os trabalhadores decidem democraticamente como usar o bónus. Na foto vê-se um dos fundadores da cooperativa Coobana, Santiago Castillo Morales.
  • Por exemplo, a cooperativa Coobana no Panamá, graças ao bónus social, passou a fornecer depósitos de água aos habitantes locais, já que a água do poço local estava contaminada. Numa aldeia onde, até recentemente, a latrina era partilhada por todos, cada família recebeu dinheiro para construir a sua própria casa de banho. A Dona Carmen decorou-a inteiramente com renda!
  • A cooperativa também apoia os seus membros na construção e manutenção das suas casas e dá terrenos a pessoas da cidade, para que possam construir a sua habitação. (Júlia Santos, Coobana)
  • A Coobana também construiu, com o dinheiro do bónus social, duas lojas onde vende produtos alimentares básicos a preços mais baratos do que outras lojas. No Panamá, a comida é realmente cara para os salários ganhos e muitas famílias não conseguem comprar comida suficientemente nutritiva. Atrás do balcão da loja cooperativa encontramos Adalia Baker Smith.
  • Tradicionalmente, uma parte do bónus social apoia a educação. A Coobana oferece bolsas de estudos a todos os que têm boas notas e querem estudar. Outros coletivos, dependendo das necessidades, constroem escolas ou pagam o salário de um professor. (Luciana Palacio, Coobana)
  • A saúde deve ser protegida e, por isso, os trabalhadores de uma plantação certificada são facilmente reconhecíveis por usarem luvas de borracha, aventais e outro equipamento de proteção. Os trabalhadores de explorações com o selo Fairtrade recebem, pelo menos, o salário mínimo legal ou um salário médio do setor na região – dependendo de qual é o valor mais alto.
  • Além da certificação Fairtrade, existe o sistema tradicional de Comércio Justo, mais antigo, no qual estão envolvidas as empresas que vendem produtos que são 100% de Comércio Justo. A adesão aos princípios do Comércio Justo garante a pertença destas empresas à World Fair Trade Organization. Na foto, a contabilista do coletivo tradicional UROCAL, no Equador, entrega os salários aos agricultores.
  • Há tantos sistemas de certificação que os consumidores ficam, frequentemente, confusos. Muitas vezes, encontra-se nas bananas uma etiqueta com uma rã verde, a marca da Rainforest Alliance (RA). No entanto, os critérios da RA são por vezes pouco claros ou difíceis de verificar. E não incluem a garantia de um preço mínimo pago aos produtores, nem um bónus social...
  • Os sindicatos independentes também podem melhorar as condições de trabalho nas plantações. Os trabalhadores nos países exportadores não têm, frequentemente, conhecimento dos seus direitos e de, por exemplo, de quanto devem receber. Na foto, um sindicalista mostra a diferença entre o salário que é pago e o montante que deviam legalmente receber.
  • “Os sindicatos são importantes e são necessários para que uma parte do lucro da empresa chegue verdadeiramente aos trabalhadores da plantação. Para que estes tenham melhores salários, melhores condições de vida, melhor saúde, casas mais dignas, para que possam seguir os seus estudos ou descansar de vez em quando. Simplesmente para que tenham uma vida mais preenchida, já que vivem muitas vezes em circunstâncias deploráveis.“
  • Até o governo pode desempenhar um papel significativo, se de facto se preocupar com a proteção dos direitos dos camponeses e trabalhadores. No Equador, por exemplo, o Governo legislou um preço mínimo por cada caixa de bananas e verifica a aplicação das regras com inspeções e multas pesadas. No Panamá, as visitas do Ministério do Trabalho, durante as quais se monitoriza o uso de equipamentos de proteção pelos trabalhadores, não são raras.

Viagem em torno do mundo da banana

PERÚ

A grande maioria das bananas do Perú são certificadas como de origem biológica. Os peruanos conseguem cultivar em modo de produção biológica devido às condições geográficas de que gozam. A região de produção é rodeada por montanhas, por isso os produtores não têm de se preocupar tanto com pragas e doenças.

EQUADOR

O Equador é o maior exportador de bananas no mundo. O Governo local estabeleceu o preço mínimo oficial por uma caixa de bananas para proteger os agricultores das flutuações de mercado e da pressão dos compradores e também procura assegurar que o salário mínimo é digno.

COLÔMBIA

Este país está entre os cinco maiores exportadores a nível mundial. Os sindicatos são tradicionalmente muito fortes, com muitos membros. Mas ser sindicalista, na Colômbia, também significa estar sob constante ameaça de violência e assassínio.

GUATEMALA

Na Guatemala, as bananas são produzidas na região de Izabal na costa das Caraíbas e no lado oposto do país, na costa do Pacífico. O lado do Pacífico é muito problemático porque os sindicatos não trabalham lá, devido à violência, ameaças, raptos e assassínios de sindicalistas. Os sindicalistas do lado caribenho também enfrentam a violência, mas, por outro lado, têm conseguido negociar boas condições de trabalho com os seus empregadores.

REPÚBLICA DOMINICANA

As bananas são o segundo produto de exportação para os dominicanos, e muito do que produzem é biológico. Dois terços dos trabalhadores são imigrantes do vizinho Haiti e as suas condições de vida e de trabalho são verdadeiramente alarmantes. Alguns estão ilegalmente no país, mas, em 2015, começou um processo de naturalização e os documentos necessários estão a ser adquiridos gradualmente.

FILIPINAS

As Filipinas são o segundo maior exportador de bananas no mundo, mas destinam-se sobretudo aos mercados asiáticos. As bananas para exportação constituem cerca de um quarto da produção, o resto é consumido pelos próprios filipinos.

COSTA DO MARFIM

A exportação de bananas de países africanos está a aumentar, de forma consolidada, mas a situação nas plantações ainda se mantém difícil: longas horas de trabalho e salários miseráveis, bem como condições de saúde e segurança deploráveis. Em 2015, um sindicato de 4 organizações de trabalhadores foi formado no país.

CAMARÕES

As bananas representam a 5ª maior exportação dos Camarões, destinada à Europa e em particular para a França e Reino Unido. Os trabalhadores nas plantações nos Camarões recebem salários tão baixos, os quais não permitem a satisfação das necessidades básicas, enquanto trabalham longas horas em condições perigosas e com reduzida proteção contra doenças e acidentes. Todavia, existe o sindicato FAWU que procura proteger os direitos dos trabalhadores.

UGANDA

O Uganda fica logo atrás, e a aproximar-se rapidamente, da Índia como o local do mundo onde se produzem mais bananas. Este fruto é a base da alimentação local e os ugandenses comem até um quilo de bananas por dia! Mas tratam-se sobretudo de plátanos, e não de bananas doces, que se assemelham às nossas batatas.

ILHAS WINDWARD

Atualmente, mais de 85% das bananas cultivadas nas Ilhas Windward são certificadas como Fairtrade. Graças a esta certificação, os agricultores locais organizados na Windward Island Farmers Association (WINFA) conseguiram ultrapassar tempos difíceis, após vários desastres naturais nos últimos anos – incluindo furacões relacionados com as alterações climáticas.

As regiões autónomas da Madeira e dos Açores (Portugal)

Açores fornecem ao país continental bananas ótimas. E os portugueses dão prioridade, na sua mesa, aos frutos nacionais, apesar de serem mais caros do que as bananas da América Latina.

REINO UNIDO

Os britânicos têm o maior consumo de bananas na Europa, comendo quase 18 quilos por ano! Mas também se comem muitas bananas na Escandinávia. O preço das bananas no Reino Unido é, infelizmente, extremamente baixo devido à guerra de preços entre supermercados.

ÍNDIA

Em todo o globo, o país onde se encontram mais variedades de banana, hoje, é na Índia, com mais de 670 variedades domesticadas e selvagens!

GUADELUPE A MARTINICA

Desde 1920, os mais importantes fornecedores de bananas para França foram as ilhas de Guadalupe e Martinica. Mesmo hoje, as suas bananas representam mais de 30% do consumo dos franceses.

ESTONIA

Segundo dados de 2014 da Comissão Europeia, o mercado de retalho da Estónia é o mais concentrado de toda a Europa. Os cinco maiores grupos retalhistas controlam 76% do mercado alimentar deste país. A Roménia e a Bulgária, em contraponto, têm os mercados menos concentrados.

Suíça - Genebra

Os direitos alfandegários sobre a importação de bananas para a UE foram o motivo de uma longa disputa entre os EUA e a UE que ficou conhecida como a “guerra das bananas”, que terminou na reunião da Organização Mundial de Comércio e a subsequente Convenção de Genebra de 2010. De acordo com esta, o valor dos direitos alfandegários será gradualmente reduzido até aos 114 euros por tonelada em 2019.

ILHAS CANÁRIAS

As Canárias fornecem bananas sobretudo para Espanha continental. Os espanhóis consomem 55% das bananas produzidas em países europeus, maioritariamente das Canárias. O primeiro carregamento da variedade Cavendish das Canárias partiu em 1888, para a Inglaterra, nos navios de Thomas Fyffe.

ALEMANHA

O grupo Lidl, juntamente com a sua empresa irmã Kaufland, estão sediadas neste país. O Lidl tem lojas em 26 países e, com as suas vendas a ascenderem a 79,3 mil milhões de euros, é o quarto maior grupo de retalho no mundo e o maior na Europa.

OCEANO

Em tempos, barcos que carregavam apenas bananas eram o meio de transporte e tinham de levar o máximo de carga possível. Hoje, usam-se contentores refrigerados, dando às empresas uma maior flexibilidade para vender, já que deste modo podem carregar apenas os frutos de que precisam.

Este mapa é tendencioso!

Devido a limitações técnicas, usamos o mapa mundo clássico Mercator, no qual os países mais perto dos polos são proporcionalmente maiores do que os países perto do equador. Consequentemente, a Europa parece muito maior do que realmente é. É melhor ver o mapa na representação de Gall-Peters, que retém as proporções entre os territórios representados.

Expanda os seus horizontes aqui!

Participe!

Há algo que eu possa fazer? Com certeza que sim!

As empresas de frutas e supermercados vão mudar a sua atuação se sentirem um forte sinal dos consumidores, que se preocupam com a história dos produtos que colocam nos seus cestos.

O poder é seu, super-herói!

Liberdade e justiça para os trabalhadores da Fyffes: assine a petição!

A campanha Make Fruit Fair! | Fruta Tropical Justa apela à Fyffes – o principal importador de bananas para a Europa e um dos maiores comerciantes de ananás e melões – para que respeito os direitos dos trabalhadores nas cadeias globais de fornecimento. Pode apoiar esta campanha enviando um email à Fyffes aqui.

Apoie os sindicatos

A maioria dos trabalhadores das plantações continua a viver em situação de pobreza e os seus direitos mais básicos não são respeitados no local de trabalho. As organizações parceiras apelam ao apoio às ações urgentes promovidas pela Campanha, destinadas a apoiar os sindicatos de trabalhadores nestes países, por forma a permitir o direito à associação sindical e a uma negociação coletiva de salários e trabalho digno.

Apoie o comércio justo

Apoie o comércio justo. Sempre que possível opte por comprar bananas com certificação do comércio justo. Em caso de não encontrar bananas com esta certificação, opte por bananas produzidas em Portugal (Região Autónoma da Madeira).

Siga-nos nas redes sociais!

Quem somos?

O site foi criado como parte da campanha internacional Make Fruit Fair/Fruta Tropical Justa, que luta por um comércio justo e sustentável de bananas e outras frutas. Em Portugal, a campanha é liderada pelo Instituto Marquês de Valle Flôr- IMVF.

Ficamos muito contentes se quiser saber mais sobre nós! Contate-nos através do email ou por telefone (00351213256300).

Os autores dos conteúdos são Jakub Freiwald, Stanislav Komínek, Pavla Kotíková e Barbora Trojak, da República Checa. As fotos e vídeos foram realizados, na maior parte, na Costa Rica e Panamá, em Julho e Agosto de 2016. Pode partilhar os conteúdos para fins não comerciais, desde que mencione a fonte (CC-BY-NC).

Segue-se uma lista de fontes de informação: